sábado, 9 de julho de 2016
As pessoas perguntam: onde está o amor? Onde? Eu digo: tente nos
achados e perdidos. É o primeiro lugar que eu procuraria. Mas se mesmo assim
não estiver lá, não desista. Alguém pode estar guardando para você.
Coloque anúncios nos postes, dizendo: “Procuro o amor. Pago por quilo”.
Se não encontrar assim, tente o Google. Aí é que talvez more o perigo. Amores,
amores, amores. Mas você quer “o” amor. Sim, apenas O amor. E 234.973
resultados podem não ser o amor.
Se ainda assim o amor teimar em não aparecer, contrate um detetive. Se
não der certo, contrate o FBI. Ou então jogue (e acerte) na mega-sena. Se ainda
assim falhar, fique calmo. Não desista. O amor pode não estar tão longe. Nada
que algumas milhas no cartão de crédito não resolvam.
Não chute. O amor pode lhe enganar. Pode aparecer na sua frente e lhe
driblar facilmente. Não pense que ele irá “pedalar” e cair, simulando uma
falta. O amor não é mesquinho.
O amor, ainda que frio, pode estar no Polo Sul. Ainda que quente, no
Saara. Ainda que úmido, na Amazônia. Ainda que violento, no Oriente Médio.
Ainda que em outra dimensão, na ilha de Lost. Ainda que praticamente não
exista, pode estar na câmara dos deputados.
Tenha calma. Você vai achar. Procure no lugar certo. Não fique
procurando dentro do umbigo, pois sujeira não é o amor. Expanda seus
horizontes. Procure na geladeira. Mas se abrir a porta e não achar, não esqueça
o que foi fazer lá.
E mais: se você acha que eu vou dizer onde está amor, pode ficar
tranquilo. Eu já achei. Sabe onde? Procure. Não estudei tanto pra vir aqui
entregar a rapadura. Tenha vergonha na cara e procure! Vamos! Dê o seu jeito.
Nessas horas, às vezes me esqueço de que encontrei o amor e quero partir para a
pancadaria. Não suporto gente preguiçosa. Mas tudo bem. Eu encontrei o amor.
Sabe onde está? Procure. Se você chegou até aqui esperando uma receita de bolo,
meus sentimentos. Amigos, nesse quesito sou um grande vendedor de informações.
Contudo, o amor é gratuito basta achar.
Porque achado não é roubado.
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