Um jornalista desleixado, uma socialite que escreve, um romântico realista, um filósofo sincero, defensores políticos e econômicos, comediantes fracassados, jovens indecisos e apaixonados por futebol. Uma aula de história ao contrário. O que não fazer. Isso é um pouco desta coletânea. Algumas visões contemporâneas do passado, do presente e do futuro, em um aspecto que se confunde entre o realista e o pessimista.
Apesar de estes heterônimos terem nomes e personalidades, tais como os que Fernando Pessoa criou, o fato de serem anônimos é um mistério. Talvez, por mais que seus escritos sejam aparentemente alienados, não se pode descartar que eles realmente existam. O conteúdo do que escrevem pode ser facilmente confundido com alguns cronistas. Eles negarão. Dirão textos e mais textos sobre o assunto. Todavia não se esqueçam do que diz O Moralista: “A contradição é a arte dos que falam demais”.
Heterônimos Anônimos é uma coletânea de várias opiniões que, seja para onde apontarem, convergem para um os mesmos argumentos: extremismos, amor-próprio, dinheiro e fama. Mas não criem preconceitos. O objetivo mesmo é rir da ficção para, caso não consigam evitar, chorar da realidade.
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