domingo, 24 de julho de 2016
Não param de chegar cartas aqui na redação do jornal insinuando que eu
sou o Moralista, talvez pelo fato de ele nunca sair em público. Pois bem, eu
não sou. E o próprio provará. Estive com ele esta semana para uma conversa
rápida, já que, para mim, é corriqueiro estar na mídia e cercado por pessoas
influentes - apesar da minha pose socialmente preocupada na linha de frente.
Ele foi meu tutor por 20 anos, durante o ensino fundamental.
Falando nisso, nosso papo principal foi sobre a situação atual
momentânea do nosso país. Estamos num intervalo de intenso otimismo, e ele, não
poderia deixar de observar: "A política econômica a que estamos
acostumados me preocupa; mal chega o dia 15 e já estou pedindo fiado". Ele
ainda fez observações sobre a projeção do PIB: "Não faz sombra nem pra um
mosquito". Eleições de 2016: "Votar em X ou Y não vai resolver. Por
conta disso, votarei em Z", proclamou em tom poético. E, ainda, a
inflação: "Coloco todos os dias um marca-passo para ir ao mercado".
Sobre esporte, ele se mostra sempre bem entendido. Sabe desde futebol
até bocha. Sobre a Copa de 2014 no Brasil, ele foi curto: "Piada com
desconto em folha". Disse acompanhar todos os outros esportes no país:
"gosto dos esportes que o Brasil mais valoriza, como o futebol e o
futebol".
A versatilidade dele é imensa. E não poderia deixar de falar da
sociedade que o rodeia (rica) e que o chateia (pobre): "Quem é pobre
sempre aparece" e "nada mais engraçado do que o pobre, consegue
sorrir com sua desgraça - que nós provocamos! Que hilário", finalizou.
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