sexta-feira, 17 de junho de 2016
Apesar do sobrenome estrangeiro
e do nome feio, trata-se de um brasileiro. Ele, como muitos outros, acredita
que “você é o seu nome”. Ou seja, ele é estranho mesmo. Lamorve é escritor,
assim como seu pai, possuindo então a oportunidade de se dar bem com a escrita.
Apesar de isso parecer uma regra, não foi bem assim. Lamorve não gosta de escrever.
Diz ele que “o amor só vencerá quando não mais precisarmos da gramática; leis
representam o ódio ao rebelde”. Mesmo assim, seus livros são tão famosos que
ele se apresenta em universidades. E é formado em Letras. “A contradição é a
arte dos que falam demais”, disse certa vez o Moralista à Lamorve. Ele, por sua
vez respondeu: “O amor não é mesquinho; o amor é daltônico, se não, qual o
motivo de se dormir com gatos na cama? Eca! Que mesquinhagem!”.
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